quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Variações Regionais

Dentre todas as variações linguísticas, uma das mais facilmente identificadas é a variação regional. É o que ocorre, por exemplo, entre pessoas de diferentes estados, cidades ou até mesmo por serem de áreas urbanas ou rurais.

Nos trechos abaixo, escritores de diferentes partes do Brasil manifestam suas respectivas características regionais.

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Texto de Guimarães Rosa (Falar Mineiro)


"E eu levava boa matalotagem, na capanga, e também o binóculo. Somente o trambolho da espingarda pesava e empalhava. Mas cumpria com a lista, porque eu não podia deixar o povo saber que eu entrava no mato, e lá passava o dia inteiro, só para ver uma mudinha de cambuí a medrar da terra de-dentro de um buraco no tronco de uma camboatã; para assistir à carga frontal das formigas-cabaças contra a pelugem farpada e eletrificada de uma tatarana lança-chamas; para namorar o namoro dos guaxes, pousados nos ramos compridos da aroeira (...)"
(João Guimarães Rosa, São Marcos, in: Sagarana)

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Texto de Simões L.Neto (Falar gaúcho)


"Vancê pare um bocadinho: componha seus arreios, que a cincha está muito pra virilha. E vá pitando um cigarro, enquanto eu dou dois dedos de prosa àquele andante ... que me parece que estou conhecendo ... e conheço mesmo! ... É o índio Reduzo, que foi posteiro dos Costas, na estância do Ibicuí. "
(Simões Lopes Neto, Contos gauchescos e lendas do sul

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Texto de José Lins do Rego (falar nordestino)



"Chegou a abolição e os negros do Santa Fé se foram para os outros engenhos. Ficara somente com Seu Lula o boleeiro Macário, que tinha paixão pelo ofício. Até as negras da cozinha ganharam o mundo. E o Santa Fé ficou sem os partidos no mato, com o negro Deodato sem gosto para o eito, para a moagem que se aproximava. Só a muito custo apareceram trabalhadores para os serviços do campo. Onde encontrar mestre de açúcar, caldeireiros, purgador?"
(José Lins do Rego, Fogo Morto)

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Ainda para ilustrar, neste vídeo - em entrevista ao Jô - o ator Nelson Freitas demonstra com uma certa dose de humor, as variações regionais ...




http://youtu.be/NrtrLbDPC-Y

Divisões da linguística


Os linguistas dividem o estudo da linguagem em certo número de áreas que são estudadas mais ou menos independentemente. Estas são as divisões mais comuns:
*fonética, o estudo dos diferentes sons empregados em linguagem;
*fonologia, o estudo dos padrões dos sons básicos de uma língua;
*morfologia, o estudo da estrutura interna das palavras;
*sintaxe, o estudo de como a linguagem combina palavras para formar frases gramaticais.
*semântica, podendo ser, por exemplo, formal ou lexical, o estudo dos sentidos das frases e das palavras que a integram;

*lexicologia, o estudo do conjunto das palavras de um idioma, ramo de estudo que contribui para a lexicografia, área de atuação dedicada à elaboração de dicionários, enciclopédias e outras obras que descrevem o uso ou o sentido do léxico; 
*terminologia, estudo que se dedicada ao conhecimento e análise dos léxicos especializados das ciências e das técnicas; 
*estilística, o estudo do estilo na linguagem;
*pragmática, o estudo de como as oralizações são usadas (literalmente, figurativamente ou de quaisquer outras maneiras) nos atos comunicativos;

*filologia, é o estudo dos textos e das linguagens antigas.Nem todos os linguistas concordam que todas essas divisões tenham grande significado. A maior parte dos linguistas cognitivos, por exemplo, acha, provavelmente, que as categorias "semântica" e "pragmática" são arbitrárias e quase todos os linguistas concordariam que essas divisões se sobrepõem consideravelmente. Por exemplo, a divisão gramática usualmente cobre fonologia, morfologia e sintaxe.
Ainda existem campos como os da linguística teórica e da linguística histórica. A linguística teórica procura estudar questões tão diferentes sobre como as pessoas, usando suas particulares linguagens, conseguem realizar comunicação; quais propriedades todas as linguagens têm em comum, qual conhecimento uma pessoa deve possuir para ser capaz de usar uma linguagem e como a habilidade linguística é adquirida pelas crianças.

Linguística Textual


As gramáticas textuais surgiram com o intuito de dar significação aos textos redigidos. Assim, estas vêm trabalhar os aspectos de coesão e coerência dos textos.No entanto, com o passar do tempo criou-se um dilema quanto aos aspectos significativos dos textos.Será que seria suficiente somente a gramática que trata da ordenação de palavras e construção de paradigmas no texto? ou será necessário um novo instrumento de análise e construção para a compreensão do “contexto” dos textos?

Conte vem dizer que são necessários três momentos fundamentais para essa construção do sentido dos textos, ou sua objetividade.O primeiro seria o da análise transfrástica, o qual trata da compreensão e significação dos enunciados os quais remeterão a enunciados transcendentes ao sentido dos enunciados postos.O segundo momento, da construção das gramáticas textual, vem ordenar os enunciados para o correto emprego de pronomes, verbos, preposições, enfim, da construção coerente do conjunto de enunciados que compõem o texto.O terceiro momento trata-se das teorias de texto, as quais trarão a objetividade do texto, no trabalho direto com o espaço e tempo do ato de fala, as influências sofridas no ato de fala por questões sociais e instrucionais (níveis de conhecimento e aprendizado e língua materna dos participantes do ato de fala).

Nesta parte dos estudos se dá grande importância à constituição do texto no sentido pragmático (objetivo), ou seja, o texto passa a ser avaliado no seu aspecto significativo (contextual), tomando-se cuidado com aspectos exteriores ao texto que influem em sua compreensão como a sua produção (atos de fala), recepção (lógica das ações) e interpretação (teoria lógico-matemática).

Dressler acredita que a pragmática é apenas um componente acrescentado a posteriori, ou seja, sua única função é dar sentido ao texto de acordo com o tipo de situação comunicativa em que este é introduzido.

Já para outros como Schmidt, a inserção da pragmática na descrição lingüística é uma evolução da lingüística textual em direção a uma teoria pragmática do texto, ou seja, é a possibilidade de se associar o conteúdo do texto a outros tipos de textos ou a melhor compreensão de seus participantes (numa situação específica de ato de fala), uma vez que entendida a objetividade do texto este pode ser compreendido e associado por todos os indivíduos da situação de ato de fala.

Desta forma, o ato de comunicação, visto como forma específica de interação social por Schmidt, torna-se uma explicação acessível a qualquer participante de um ato de fala, sendo assim a base empírica do texto deixa de ser a competência textual e passa a ser a competência comunicativa, adaptando-se ao meio social, a situação de fala e aos indivíduos participantes deste ato de fala.

Para Oller, o uso da língua é um processo constituído por três dimensões indissolúveis: a dimensão sintática, a dimensão semântica e a dimensão pragmática.A sintática trabalha o arranjo temporal, a semântica as relações de sentidos dos elementos (paradigmas), e a pragmática associa esses elementos temporais e paradigmáticos a conhecimentos adquiridos anteriormente destes mesmos sentidos.E é esse elemento pragmático que torna o enunciado a concreto.Sem estes sentidos os outros (sintático e semântico) não podem se realizar.Em outras palavras, é a pragmática da geração de frases que determina a opção a ser feita em cada situação sintática e semântica.A pragmática é vista como a interação dinâmica entre o conhecimento do locutor e as dimensões sintático-semânticas.

Também para Petofi, é impossível separar semântica, sintática e pragmática.

Petofi vem desenvolvendo uma teoria que ele chama de TeSWeST(Teoria da Estrutura de Texto-Estrutura do Mundo), a qual seu objeto de estudo são os sentidos atribuídos aos textos pelo mundo e a estrutura destes textos.

A gramática textual não é uma gramática específica, uma vez que esta tem como diferencial a definição explícita do “texto” ou “discurso”.Da mesma forma a lingüística textual deve ser também vista por sua intenção de pesquisa ou campo de estudos.

O conceito de texto é definido por conceito central da lingüística e da teoria de texto, uma vez que este não pode ser definido diretamente a um só contexto pela abrangência de sentidos atribuídos ao ato de fala e texto por meio da pragmática, semântica e situações de produção.

Um texto só pode ser analisado como seqüência de signos significativos isolados se esta for feita de forma concomitante, ou seja, que se manifesta ao mesmo tempo que outra.

Nos textos encontramos os fenômenos textuais, por assim dizer, anafóricos e catafóricos.Os anafóricos correspondem às informações anteriores à enunciação, enquanto as catafóricas são as informações subseqüentes à enunciação.Por meio desses fenômenos lingüísticos tornam-se discutíveis os conceitos de unidade de frase como estatuto especial dentro do texto, no âmbito da lingüística textual.

A diferença entre texto e discurso é um tanto complexa quanto a sua interpretação.Criou-se várias dúvidas quanto a sua dissociação.O texto, trata da estrutura contextual composta por signos que, quando ligados(organizados de forma sintática), formam seqüências de frases que dão coesão ao tema (enunciado) do texto, no sentido semântico.Já o discurso é o ato de fala (enunciação) do texto produzido, o qual traz coesão e coerência a este, construindo sentido no seu âmbito pragmático, o qual é formado não só pelos elementos sintáticos e semânticos, mas, também fonéticos e outros elementos que constituem as condições de produção do ato de fala(ato discursivo).

O Gênio Genebrino

                        Ferdinand de Saussure, 26 de novembro de 1857 (1857-1913).





Nasceu em Genebra, proveniente de uma família francesa que contava com cientistas como geólogos, naturalistas e gramáticos. Ainda jovem, aprendeu latim, alemão, inglês, grego e sânscrito. Em Genebra, deu início aos estudos de Química e Física logo abandonados para que pudesse dedicar seu tempo aos estudos da linguagem. Foi a Leipzig e a Berlin, onde estudou o antigo persa. Em 1878 publicou sua fundamental Memória sul sistema il persiano delle vocalli nelle lingue indoeuropee na qual postula a existência das entidades vocálicas sob o ponto de vista estrutural e não simplesmente vocálico - com exceção desta, quase nada mais foi publicado por ele -. Em Paris, lhe ofertaram a cátedra de gramática comparada, que manteve entre os anos de 1906 e 1911. Durante esse período, a partir de anotações feitas no decorrer de suas aulas, seus discúpulos Charle Bally e A. Sechehaye com a colaboração de A. Reindlinger, Payot, Lausanne-Paris publicaram postumamente o Cours de Linguistique Générale, obra fundadora das ciências humanas do século XX.Em 1996, num anexo da residência de Saussure, em Genebra, foram descobertos textos de sua própria autoria que deveriam compor um livro sobre lingüística geral. Tais textos encontram-se depositados na Biblioteca pública e universitária de Genebra e publicados nos Escritos de Lingüística Geral, de Ferdinand de Saussure, organizados e editados por Simon Bouquet e Rudolf Engler, editora Cultrix.O Lingüística.com deverá trabalhar e analisar os conceitos lingüísticos à partir do diálogo entre as duas obras supra citadas.

http://linguisticacom.blogspot.com.br/

A importância da linguística

O estudo da linguística é de fundamental importância para compreensão da linguagem humana e suas diversas manifestações,a linguística mostra através dos seus estudos científicos a evolução humana e a importância da fala para se estabelecer uma comunicação. A linguagem humana é algo que está em constante estudo e através desses estudos existem descobertas relacionadas ao processo da fala,língua e linguagem.



A linguística não faz juízo de valor como as gramaticas tradicionais,mas busca através de estudos explicar as diferenças na fala de um indivíduo para outro,sem fazer juízo de valor. A linguística mostra através de seus estudos a importância da linguagem para comunicação humana,pois é através da linguagem que uma sociedade se desenvolve.

A importância da linguística é inquestionável,pois é através dela que compreendemos a evolução da sociedade atual. Ela é multidisciplinar,sendo assim recorre a varias outras ciências afins para descrever o complexo processo da linguagem humana. A linguística abrange varias esferas do conhecimento,sendo assim o seu    estudo   essencial para a 
evolução da linguagem humana.


Autora: Carla Silva

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Fernando Saussure - Breve Vida e Obra

O programa mostra de forma simples e objetiva, a vida e obra do linguísta suíço Ferdinand de Saussure (1857-1913), cujas elaborações teóricas permitiram o desenvolvimento da linguística como ciência.



http://youtu.be/WiURWRFcQsc

Variações Linguísticas


Nesse texto apresentamos uma breve explicação sobre as variações linguísticas e sua forma formal e informal.


A linguagem é a característica que nos difere dos demais seres, permitindo-nos a oportunidade de expressar sentimentos, revelar conhecimentos, expor nossa opinião frente aos assuntos relacionados ao nosso cotidiano, e, sobretudo, promovendo nossa inserção ao convívio social.E dentre os fatores que a ela se relacionam destacam-se os níveis da fala, que são basicamente dois: O nível de formalidade e o de informalidade.



O padrão formal está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um modo geral. Razão pela qual nunca escrevemos da mesma maneira que falamos. Este fator foi determinante para a que a mesma pudesse exercer total soberania sobre as demais.


Quanto ao nível informal, este por sua vez representa o estilo considerado “de menor prestígio”, e isto tem gerado controvérsias entre os estudos da língua, uma vez que para a sociedade, aquela pessoa que fala ou escreve de maneira errônea é considerada “inculta”, tornando-se desta forma um estigma.


Compondo o quadro do padrão informal da linguagem, estão as chamadas variedades linguísticas, as quais representam as variações de acordo com as condições sociais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada.Dentre elas destacam-se:



Variações históricas:
Dado o dinamismo que a língua apresenta, a mesma sofre transformações ao longo do tempo. Um exemplo bastante representativo é a questão da ortografia, se levarmos em consideração a palavra farmácia, uma vez que a mesma era grafada com “ph”, contrapondo-se à linguagem dos internautas, a qual fundamenta-se pela supressão do vocábulos.

Analisemos, pois, o fragmento exposto:



Antigamente

“Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio." Carlos Drummond de Andrade


Comparando-o à modernidade, percebemos um vocabulário antiquado.



Variações regionais:



São os chamados dialetos, que são as marcas determinantes referentes a diferentes regiões. Como exemplo, citamos a palavra mandioca que, em certos lugares, recebe outras nomenclaturas, tais como: macaxeira e aipim. Figurando também esta modalidade estão os sotaques, ligados às características orais da linguagem.




Variações sociais ou culturais:



Estão diretamente ligadas aos grupos sociais de uma maneira geral e também ao grau de instrução de uma determinada pessoa. Como exemplo, citamos as gírias, os jargões e o linguajar caipira.



As gírias pertencem ao vocabulário específico de certos grupos, como os surfistas, cantores de rap, tatuadores, entre outros.



Os jargões estão relacionados ao profissionalismo, caracterizando um linguajar técnico. Representando a classe, podemos citar os médicos, advogados, profissionais da área de informática, dentre outros.



Vejamos um poema e o trecho de uma música para entendermos melhor sobre o assunto:


Vício na fala
Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados.
Oswald de Andrade


CHOPIS CENTIS
Eu “di” um beijo nela
E chamei pra passear.
A gente fomos no shopping
Pra “mode” a gente lanchar.
Comi uns bicho estranho, com um tal de gergelim.
Até que “tava” gostoso, mas eu prefiro
aipim.
Quanta gente,
Quanta alegria,
A minha felicidade é um crediário nas
Casas Bahia.
Esse tal Chopis Centis é muito legalzinho.
Pra levar a namorada e dar uns
“rolezinho”,
Quando eu estou no trabalho,
Não vejo a hora de descer dos andaime.
Pra pegar um cinema, ver Schwarzneger
E também o Van Damme.
(Dinho e Júlio Rasec, encarte CD Mamonas Assassinas, 1995.)
Por Vânia Duarte
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola

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Reflexão sobre Linguistica Aplicada

No século XX, a Linguística como ciência avança a passos largos iniciando estudos e pesquisas no campo de ensino/aprendizagem de línguas estrangeiras. Esse interesse despertou a atenção daqueles que focalizaram o ensino de línguas e tradução, bem como os campos da Literatura e Antropologia.
Com as investigações embasadas nos princípios de estruturalismo linguístico, na época, chegou-se à conclusão de que a LA compreendia a descrição de línguas, no tocante à morfologia e a sintaxe, ou ainda, aplicava-se Lingüística ao ensino de línguas estrangeiras.
Na década de 70, linguistas aplicados como Allen, Pit Cordeer e Davies, operavam um paradigma de como se entendia LA como aplicação de linguística Porém, os modos de produzir conhecimento se modificaram. Widdowson questiona severamente a vertente aplicativista, expondo a distinção entre LA e aplicação de Linguística. Houve assim, uma mudança na relação unidirecional e aplicacionista entre teoria lingüística e ensino de línguas.

Outro grande avanço houve na descentralização do ensino de línguas, em especial o inglês, para abranger problemas além da sala de línguas. Compreendendo que a linguagem é um instrumento de construção do conhecimento e da vida social, contextos de língua materna começaram a ser investigados, também os letramentos e outros contextos ganharam atenção de pesquisadores.

Assim, hoje, caráter interdisciplinar da LA incorporou o interesse na situacionalidade cultural, institucional e histórica da ação humana, buscando criar inteligibilidade sobre práticas sociais em que a linguagem desempenha um papel central.

Um problema prático da linguagem e da comunicação que pode ser tema da LA é a discriminação linguística. Com o crescimento desta área em questão, pode-se concluir que caminhamos para a extensão de fronteiras no que diz respeito ao campo de estudo da LA. Na moderna sociedade em que vivemos não há espaço para intolerância, dentro da própria LA existem divergências, porém, há várias formas de fazer ciência, e há também espaço para todos.

AUTHOR: SECÉ E OS SEUS SONHOS | POSTED AT: 15:21 | FILED UNDER: ARIELLE MARCIANO MARTINS; SEVERINA DA ASCENÇÃO GUSMÃO DE SOUZA, TURMA 118